Oceano escuro
Ser correto é dorido
E eu criei o temporal
A confusão não deixa espaço
Pra pensar na calmaria
Pus pra fora meu naufrágio
agora rogo por chão
As paredes ganham cores
A cama perde travesseiros
Vejo que fugi do mundo
Navegando a minha própria arrogância
Sem tripulação
Exceto por Dozepassos, meu grilo falante,
Marujo-irmão me ampara em seu ombro
- ele é meu sextante
Comando uma nave fantasma
Navego à deriva
Fugi do porto seguro
E agora tenho paixões vãs
Por serpentes marinhas
E me apego à memória
De meu velho, marinheiro
Que há muito se levou pelo mar
Sua aura brilhante me visita
Acalma a fúria da minha alma
Minha cabeça em chamas
Meu coração, falsa pedra gelada que ebule
Rogo o alento desse espectro-pai querido
Quando penso na travessia, no cais, no beijo partido e em
Onde estará a rainha que a lucidez escondeu?
Nada será como antes
Qualquer dia a gente se vê
No oceano escuro
Só estou eu
E a verdade
No final, no fim do mundo,
Quando as estrelas se apagam
Só, resta a verdade:
A liberdade angustia
E eu criei o temporal
A confusão não deixa espaço
Pra pensar na calmaria
Pus pra fora meu naufrágio
agora rogo por chão
As paredes ganham cores
A cama perde travesseiros
Vejo que fugi do mundo
Navegando a minha própria arrogância
Sem tripulação
Exceto por Dozepassos, meu grilo falante,
Marujo-irmão me ampara em seu ombro
- ele é meu sextante
Comando uma nave fantasma
Navego à deriva
Fugi do porto seguro
E agora tenho paixões vãs
Por serpentes marinhas
E me apego à memória
De meu velho, marinheiro
Que há muito se levou pelo mar
Sua aura brilhante me visita
Acalma a fúria da minha alma
Minha cabeça em chamas
Meu coração, falsa pedra gelada que ebule
Rogo o alento desse espectro-pai querido
Quando penso na travessia, no cais, no beijo partido e em
Onde estará a rainha que a lucidez escondeu?
Nada será como antes
Qualquer dia a gente se vê
No oceano escuro
Só estou eu
E a verdade
No final, no fim do mundo,
Quando as estrelas se apagam
Só, resta a verdade:
A liberdade angustia