março 15, 2006

Entube-se

Nem é novidade, já falei disso, mas é foda: tô besta com o You Tube. É um site tipo Google Vídeos, mas que está chamando atenção pelo naipe dos arquivos que a galera publica por lá. Faça uma busca lá de qualquer coisa que vc ache bacana. E dê uma conferida nos links abaixo, que levam a vídeos bacanas:
Poizé, e tem muito mais...

keepvid.com

E agora, meu chapa Anderson, me deu a dica do http://keepvid.com, site por meio do qual é possível fazer o download dos vídeos assistidos.

março 13, 2006

Ramones tocando Madonna?!!!

Você sabia que os Ramones já fizeram cover da Madonna e do tema da animação O Rei Leão? Acha que eu to te enganando? Então confira no You Tube o vídeo comprovador. Trata-se de uma apresentação ao vivo dos pais do punk rock no MTV Movie Awards de 95. A apresentação dos candidatos a melhor canção foi feita pelos Ramones, em formato medley, que misturava vinhetas de clássicos ramônicos com as canções concorrentes. Nada uau, os Ramones não pareciam muito felizes com o mico, mas é curioso. E bem, é uma oportunidade de conhecer o You Tube, que é foda, tem de tudo.

Ligando Pontos Musicais

Com excessão dos críticos de música, que precisam manter o negócio deles fazendo favores para as grandes gravadoras, muita gente que vem falar comigo concorda com o fato de que a música atual já não nos revela grandes marcos. Uma coisa ou outra vira hit e é boa, mas é uma minoria.

Quando Last Nite dos Strokes rolou na internet antes dos caras lançarem o primeiro disco, a música foi clássico instantâneo nas pistas do planeta. Merecido. Mas logo que o primeiro disco saiu com verniz de música corporativa, a banda já não era a mesma. Já havia perdido a urgência, a crudeza. Sei lá.

Tudo bem. Como a gente não pode ficar sem música, o que a gente faz? Vasculha o passado, que é onde estão todos os grandes nomes, fuça a árvore genealógica do que rola hoje.

Eu sempre achei que o hip hop e mais recentemente a música eletrônica em geral nos dá uma grande chance de conhecer pérolas graças aos samples. Os DJs sempre conhecem profundamente música e descolam coisas legais pra colar em seus sons.

Eu por exemplo, faz uns 5 anos, conheci o organista Jimmy Smith graças aos Beastie Boys, que quase nem editaram e praticamente só versaram em cima do clássico Root Down (And Get It), de Smith. Foi uma porta aberta para todo o soul jazz e o mérito é todo dos Beastie Boys.

Então, quando você ouvir um loop legal, uma base bacana ou sei lá o que em alguma música, procure pelo som original no site Second Hand Songs. Ah, o site também vale para covers.

P a n d o r a

E como eu falei em DNA, tem uma galera que criou um projeto loco: eles selecionaram trocentas mil músicas, dissecaram-nas em partes celulares e estabeleceram o DNA dos sons. Resultado, você digita um nome de artista ou música e o Pandora te oferece algo similar pra ouvir. Ou seja, se você gosta de fulano, você precisa ouvir ciclano. E se a ferramenta te apresenta algo que você não gosta, é só dizer isso ao Pandora e você nunca mais vai ouvir aquela porcaria de novo ali.

E o troço funciona mesmo. Bem, funciona, por enquanto, com coisas mais populares. Por exemplo, tentei criar uma rádio de garage rock com base em Sonics e Milkshakes e a rádio só rola punk rock. Mas as outras, de black music e música jamaicana, funcionam que é uma beleza. Isso ocorre porque o Pandora relaciona as músicas conforme as semelhanças de sua estrutura e a informação sobre gênero musical é apenas um pequeno detalhe disso.

Dá pra criar rádios com suas escolhas, selecionar seus favoritos e guardar os nomes do que você não conhecia e passou a conhecer pelo Pandora. Enfim, você conhece novas crocâncias, pega os nomes e corre baixá-las no Soulseek ou no programa de compartilhamento que melhor lhe servir. Legal né?

março 09, 2006

Fratelo no Espaço dos Satyros 2

Fratelo conta a história de dois seres humanos, aparentemente estranhos, que morrem num acidente, atropelados pelo mesmo caminhão, no dia da semi-final da Copa do Mundo, e se vêem a sós numa sala de necrotério. Através da imaginação coletiva ou, talvez, de um processo cataléptico seus corpos e suas consciências voltam a se comportar como vivos. E, apesar da aparente ignorância mútua, os dois têm mais coisas em comum do que se pode imaginar. Nascidos no mesmo dia, na mesma maternidade, acolhidos no mesmo berçário, matriculados na mesma escola, moradores do mesmo bairro, um deles virou açougueiro, o outro transformou-se num abastado executivo de multinacional. Porém, apesar das diferentes formações dadas a eles por suas respectivas vidas, as semelhanças continuam perseguindo-os. Ambos, já na vida adulta, “trabalhavam” com o manuseio de “pedaços de carne”.
Todas as diferenças e semelhanças afloram a partir da impotência com relação à situação de morte e à manutenção da situação desagradável de estarem juntos e se decompondo. Explica-se. Toda a história em comum (nascimento, infância e adolescência) fez com que nascesse neles um declarado ódio recíproco que dá o tom da trama, tudo misturado ao cheiro de carne podre.

***
com
Arthur Netto
Cleiton Pereira

direção e dramaturgia
Manoel Mesquita Jr

produção
Cia do Escândalo
Contadores de Mentira

***

16 de março a 06 de abril, sempre às 5as feiras – 23h
Espaço dos Satyros Dois – Praça Roosevelt, 124, São Paulo
R$ 15,00 (50% desc. para estudantes e classe teatral)
Informações: 9601-8689 – 8588-6160 – 7438-5301

V de Vingança

Classe mesmo é isso aqui ó: um dos pôsteres do V de Vingança (que estréia em abril) feito usando estilo dos pôsteres da Guerra Civil Espanhola. Coisa fina. Quero um. Mas aposto que esse tipo de filigrana não aporta em Pindorama...

Pros desavisados, V de Vingança é um clássico dos quadrinhos dos anos 80 (publicado aqui em 89), o segundo roteiro seriado do então aprendiz de gênio Alan Moore, desenhado por David Lloyd. Trata-se de uma distopia orwelliana e anti-Tatcher, ambientada num futuro paralelo e próximo, em que a Inglaterra vive mergulhada em totalitarismo e terrorismo de Estado. Eis que pinta V, o protagonista, um tipo de Batman anarquista, vestindo uma máscara de Guy Fawkes, pronto pra acabar com a festa facista. A máscara, em vez de proteger a identidade de V, busca erradicá-la: uma ultra anárquica abstenção do ego em prol da liberdade coletiva. Uma história poderosa sobre liberdade.

Bem, o povo do Omelete viu o filme e gostou, apesar das liberdades que o Cinema tem de cometer. Dá um bico...

Depois de ler a resenha, peguei os quadrinhos pra ler. A nota de apresentação tem um Alan Moore já maduro e consagrado analisando sua obra de principiante. Somando a opinião do Omelete com a nota pregressa do autor, parece que o filme promete não fazer feio.

Este Cabaré Depravado

Quem leu V de Vingança sabe que é uma história em quadrinhos com trilha sonora. Sim, ela é cantarolada o tempo todo por V: são canções, várias bem conhecidas, que ampliam o significado das cenas. Algumas, até vulgares, viram música de protesto na boca de V.

É óbvio que os produtores do filme ignoraram sumariamente essas informações. A trilha do filme pouco tem a ver com isso, mas algumas poucas boas musicas aparecem como Cry Me a River com Julie London, I Found a Reason com Cat Power ou Street Fighting Man com os Rolling Stones. E os Sex Pistols também têm citações como "God Save The Queen" e "Anarchy In UK".

O que importa é que V de Vingança, os quadrinhos, tem uma trilha sonora de fato e de direito desde que foi publicada pela primeira vez.

Há uma série de canções e poemas conhecidos que são mencionados na história e há música inspirada na história. As referência musicais vão desde Lou Reed até Beethoven, passando por Rolling Stones, Motown e até poemas de William Blake musicados.

Mas a mais inusitada, porém mais notória na minisérie é This Vicious Cabaret, composta por Alan Moore (sim, ele mesmo) e seu amigo David J, também conhecido por ter sido baixista da seminal banda gótica Bauhaus. A história dedica 5 de suas páginas - o prelúdio do Livro 2, que leva o nome da música - a V ao piano, entoando a canção perturbadora, com quadros legendados pela partitura da música.

Em 86, David J reeditou a música em sua coleta On Glass. Sim, reeditou, porque já havia lançado essa música em 84, no EP de nome "V for Vendetta", que logo foi para o buraco negro dos fora-de-catálogo. Esse disco carregava outros sons inspirados pela minisérie.

The Sinister Ducks

A parceria-projeto entre Moore e J, que mesclava quadrinhos e música, tinha nome: The Sinister Ducks. Ela atravessou os anos 90, rendeu mais músicas e uma HQ, que vc pode ler aqui. Até animação retardada em flash os caras inspiraram.

Com alguma paciência e sorte (uns bons contatos ajudam) dá pra achar isso tudo no Soulseek. Bem pra finalizar, a fonte: boa parte do que eu escrevi aqui foi tirado desse ótimo site sobre a série V de Vingança.


março 08, 2006

Rebellion (Lies)

Não dá pra parar de ouvir Arcade Fire!!!! É foda! É lindo! É sobrenatural essa porra de banda. Rebellion (Lies) é uma das coisas mais bonitas que ouvi na vida e que poderia ser tocadas numa pista. A letra é um mistério, mas é deliciosa:

Rebellion (Lies)
Artist: Arcade Fire
Album: Funeral
Year: 2004

Sleeping is giving in,
no matter what the time is.
Sleeping is giving in,
so lift those heavy eyelids.

People say that you'll die
faster than without water.
But we know it's just a lie,
scare your son, scare your daughter.

People say that your dreams
are the only things that save ya.
Come on baby in our dreams,
we can live our misbehavior.

Every time you close your eyes
Lies, Lies!

People try and hide the night
underneath the covers.
People try and hide the light
underneath the covers.

Come on hide your lovers
underneath the covers,
come on hide your lovers
underneath the covers.

Hidin' from your brothers
underneath the covers,
come on hide your lovers
underneath the covers.

People say that you'll die
faster than without water,
but we know it's just a lie,
scare your son, scare your daughter,

Scare your son, scare your daughter.

Now here's the sun, it's alright! (Lies!)
Now here's the moon, it's alright! (Lies!)
Now here's the sun, it's alright! (Lies!)
Now here's the moon it's alright (Lies!)

But every time you close your eyes. (Lies!)

Tem gente pra dar com pau na internet tentando entender e discutir a parada.

Eu acho que a letra fala que quem dorme no ponto não faz a história. Ficar de olho fechado é entregar os pontos. A rebelião se faz com os olhos abertos. Só se encontra a verdade com os olhos bem abertos.

Mas todo mundo vê o que quer ver, portanto, foda-se, é só uma interpretação. Ouça e faça a sua!

Ah, o site da banda é uma guloseima à parte. Visite, que é foda.

Os Simpsons em carne e osso


Muito, mas muito legal mesmo o remake de carne e osso da abertura dos Simpsons (live-action, popularmente conhecido em terras lusófonas como "com atores") feito pela TV Britânica. Trombei com essa história no Omelete, site bacana pra quem curte quadrinhos e animação mainstream.