setembro 30, 2003

Rita Leen Foi Passear

Ok, adeus às altas cargas da velha amiga loira (não estou me referindo a nenhuma baranga mosca de bar mogiano).

Bem, pelo menos o uso combinado de Rita Leen e THC não tem efeitos colaterais indesejados... Será que tem algum desejado?
BALADA DE UM LOUCO
Mutantes

(C E° F°) C

E° F° C E° F° C
Dizem que sou louco por pensar assim
E° F° C E° F° Am
Se eu sou muito louco por eu ser feliz
Am/G F#m5-/7 F7M C F/G C
Mas louco e quem me diz e não é feliz, não é feliz

Se eles são bonitos, sou Alain Delon
Se eles são famosos, sou napoleão
Am/G F#m5-/7 F7M C F/G C C7
Mais louco é quem me diz e não é feliz, não é feliz

F C F
Eu juro que é melhor, não ser o normal
C D G F C/E Dm7 C
Eu posso pensar que deus sou eu

Se eles tem três carros eu posso voar
Se eles rezam muito eu já estou no ar
Mas louco e quem me diz e não é feliz, não é feliz
Eu juro que é...

Sim, sou muito louco, não vou me curar
Já não sou o único que encontrou a paz
Am/G F#m5-/7 F7M C F/G C
Mas louco é quem me diz e não é feliz, eu sou feliz
UAU!!!!

Esse programa é imperdível!

Série sobre o blues produzida por Martin Scorsese é exibida em SP

É engraçado. Hoje pela manhã, fui ao médico. Com a receita na mão, fui à farmácia no começo da noite. Comprei três caixas do bagulho, conforme orientação do doutor. Foi meio chocante perceber que agora eu sou faixa preta em TDAH... Um faixa preta Mutante, no sentido Ritaleenico da palavra... Pois é, o nome do remédio de doido é Ritalin... Na verdade, não consegui parar de mentalmente fazer piada com isso, depois de várias farmácias dizerem que não trabalham com "esse produto" e, na última, na qual eu encontrei o tal, eu fazer a primeira piada com o moço que me atendia. Enfim, acho que o mundo vai ficar um pouco mais organizado na minha cabeça daqui em diante. Só que adeus porres de breja, hehe.

Voltando ao Blues, coisa de louco mesmo é eu ler a matéria lincada aí acima e, ao ler sobre o centenário de W. C. Handy, ficar arrepiado e emocionado. Hehe, afinal, estamos falando do som que foi o sêmen gerador do rock'n'roll. É, eu sou louco mesmo. Loco também foi, só depois de ler a matéria, ver que foi meu irmão quem escreveu.

setembro 16, 2003

A matéria é da France Press, mas é editada na Folha de São Paulo e vira capa do Folha Online.

G-21 se declara fortalecido apesar do fracasso da reunião da OMC

Então eu pergunto: "fracasso" de quem, cara pálida?

A serviço de quem está esse papel de embrulhar peixe? Esses caras tem mesmo é que falir. Vendem notícia pelo preço do papel e não pelo jornalismo. O interesse é vender jornal a qualquer custo, inclusive usando em manchetes, títulos e reportagens palavras "sensacionais" pra chamar a atenção do leitor, que por sua vez se vê logo de cara tratado como um retardado... Caralho, se até eu que não entendo chongas de política internacional vejo que foi uma vitória do G-21...

setembro 15, 2003

DA SÉRIE "VOCÊ É UM HOMEM OU UM RATO"?

O texto que reproduzo abaixo é do Rodney Brocanelli e foi publicado em seu blog, o http://onzenet.blogspot.com. Primeiro aparece um texto (de 28 de julho passado, publicado no suplemento Folhateen) do Álvaro Pereira Júnior tornando público corajosamente (hehe) o que ele acha que alguém precisa para ser um crítico musical. Na sequência, um spam dizendo o que é necessário para ser o Álvaro Pereira Júnior:

E eis que nosso amigo Álvaro Pereira Jr. decidiu escrever sobre o ofício da crítica. Muitos de seus leitores semanais no Folhateen pediram para que ele desse algumas dicas de como ser um bom crítico de música. Álvaro listou sete itens para começar. Vamos a eles:

1) Ouça música desesperadamente. Você não precisa ser músico, saber diferenciar um ré de um mi. Mas precisa ter conhecimentos históricos, entender de onde vem o tipo de música sobre o qual você escreve e como as coisas evoluíram até hoje. Só conhecer a discografia completa do Weezer não
basta.
2) Leia livros e revistas desesperadamente. Você quer criar um estilo, certo? Então precisa ler montanhas de revistas e livros, de todos os gêneros, para chegar a um jeito próprio de escrever. Não adianta só ler "Escuta Aqui" e a coluna do Lúcio Ribeiro na Folha Online. Assim, acaba virando clone. Mais um.
3) Aprenda inglês. Cerca de 99,99% do que conta no chamado "mundo das artes" acontece em inglês. Se você não sabe a língua direito, arrume outra coisa para fazer. Ser crítico de música não dá.
4) Aceite sua insignificância. Ninguém saudável compra ou deixa de comprar um CD por causa de uma crítica. Em geral, críticas de música são lidas por nerds, músicos e outros críticos de música. O leitor normal -aquele que tem uma vida, família, amigos etc.- está pouco se lixando para o que o crítico pensa.
5) Não fique amigo de músicos. Bandas -principalmente as mais novas- sofrem muito. Dão shows sem ganhar nada, não conseguem divulgação etc. etc. Gravar um disco é mais difícil ainda. Só que é melhor não se envolver com isso,
senão você vai ficar com pena dos músicos e fazer sua crítica com base nesse contexto e não na simples audição do CD. Os caras da banda podem ser gente boa, batalhadores e honestos, a baixista pode ser uma gostosa, mas, se
fizeram um disco ruim, é isso o que você tem de dizer.
6) Pratique a crítica destrutiva. Enfie uma coisa na cabeça: você e os músicos ou você e as gravadoras não estão no mesmo barco. E você não tem papel algum na construção de nenhum tipo de cena. No Brasil, a prática do compadrio e da "brodagem" é corrente entre jornalistas, músicos e
gravadoras. Todo mundo é amiguinho e se ajuda utuamente. Gente talentosa perde tempo escrevendo só sobre o que gosta ou finge que gosta. Fuja dessa.
7) Prepare-se para a realidade de uma redação. Pense naquele cara -ou moça- inteligente, moderno, que passa o dia escutando música e, de vez em quando, escreve sobre um CD que lhe chamou a atenção. Agora esqueça isso. As
críticas assinadas são uma parte muito pequena do que o jornalista faz na redação, o que inclui diagramar páginas, escrever títulos, bolar legendas de fotos, escrever matérias não-assinadas, preparar notinhas, reescrever textos dos outros, ser esculachado pelo chefe etc.

Ao final, ele diz que tinha mais dicas, mas que o espaço havia acabado. Paricularmente, gostaria de saber se ele iria tocar em alguns pontos mais delicados. Um deles: o crítico deve entrar em trincheiras, como ele mesmo e seus parceiros do programa Garagem fazem? Álvaro é um defensor ferrenho do rock, digamos, mais alternativo, e vive alfinetando os barões e baronesas da MPB contemporânea. Alías, isso é muito comum na crítica musical, existem os especialistas em rock, jazz, techno, música classica, etc. Na crítica de cinema é diferente. Não existe aquele sujeito que escreve apenas sobre o western, ou então apenas sobre filmes de mistério e por aí vai. Críticos como Inácio Araújo estão preparados para escrever análises sobre filmes de todos os gêneros.

Num de seus conselhos, Álvaro diz para não se fazer amizades com músicos. Até certo ponto, ele está certo, mas não por causa de sua justificativa. Já vi muitos críticos enfrentarem problemas justamente pelo fato de serem honestos e dizerem aquilo que pensavam de certos lançamentos das bandas de seus amigos. Um exemplo é o de Thomas Pappon, que enfrentou sérios problemas certa vez ao escrever honestamente sobre um disco do Ira!:
"o Ira! estava lançando o "Psicoacústica" e eu fiz o press-release e eles ficarm putos com o que eu escrevi. O Nazi e o André vieram até minha casa possessos de raiva. Eu não me lembro exatamente o porque, mas o "press-release" deveria ter alguma coisa....eu não tinha gostado do disco e deixei isso transparecer , o que é uma coisa estúpida, deveria ter me recusado a escrever, mas eu era muito amigo deles. Isso causou um mal-estar que durou uns dois anos...uns dois anos que eu não cruzava o Nazi. De amigos muito próximos, a gente virou...sabe".

Posso estar enganado, mas sobrou uma farpa ao jornalista Ricardo Alexandre. Isso quando o Álvaro diz que o crítico não tem participação na construção de qualquer tipo de cena. Um dos motes da extinta revista Frente, da qual Alexandre era um de seus responsáveis, era justamente o de "reconstruir a cena musical". Naquela entrevista que eu publiquei no Observatório da Imprensa, Ricardo falou de "o outro cara orgulhoso de ter escrito um livro em quatro meses copiando tudo na internet e ganhando espaço no Fantástico dado por seu amigo..." Bem, é só usar um pouco a cabeça para sacar os personagens citados por Alexandre.

De qualquer forma, já está rolando na Internet uma réplica a esse mais recente polêmico artigo. No minímio, é engraçada:


QUER SER ÁLVARO PEREIRA JUNIOR?

1) Mude-se para San Francisco.
2) Descole uma coluna bacana na Folhateen.
3) Desanque sem pudor qualquer banda tapuia.
4) Aceite sua magnitude. Acredite piamente que você (junto com o Lúcio Ribeiro) é o farol do jornalismo musical tupiniquim.
5) Eleve a condição de sublime qualquer banda anglo-saxônica (escandinava também serve) da qual você supõe que o leitor silvícola nunca ouviu falar.
6) Sustente opiniões indefensáveis (i.e. Kelly Key é a melhor coisa a surgir no cenário nacional desde (preencha a lacuna com qualquer sandice).
7) Defenda categoricamente a teoria de que os roqueiros gaúchos só se mudam para São Paulo porque em Porto Alegre todos têm inveja dos paulistanos.
8) Assista a "Quase Famosos" e, depois de dois anos, nutra a convicção de que você é o Lester Bangs brazuca.
9) Leia a revista Brasa e, depois de sete anos, escreva um texto com o tema "Quer ser crítico de música?".
10) Seja manda-chuva de um dos programas de maior audiência da maior emissora de televisão da América Latina.
11) Garanta que este programa mantenha a tradição de ser, por mais de 30 anos, o mais enfadonho, piegas e constrangedor produto exibido em horário nobre da TV
brasileira.
12) Cague regras.
13) Enfie o dedo bem no meio do seu cu e rasgue com toda a força.
CRÍTICA DA CRÍTICA MUSICAL

Nessa de recorrer a São Google para xeretar sobre jornalismo musical, parei na terceira página de busca, após achar três coisas interessantes.

A última e melhor, foi uma entrevista com Ricardo Alexandre, jornalista sério, equilibrado e que dedicou a maior (ou melhor) parte de sua carreira ao jornalismo especializado em música. Ele editou a finada revista Frente, que, confesso, não li uma edição sequer, apesar da Claudinha da Rock Press me xingar dizendo ser um absurdo eu não ter acompanhado e coisa tal. Paciência. Devia ter lido mesmo, porque o Ricardo Alexandre - com quem trabalhei em três reportagens que fiz para a Usina do Som em 2000 - é um cara simples e agradável, além de levar a sério, sem masturbação ou narcisismo, o jornalismo musical. Essa entrevista, feita pelo jornalista Rodney Brocanelli, tem mais vida e informação que qualquer artigo sobre o tema "crítica musical". Leia.

A primeira coisa interessante que achei sobre o assunto foi também o artigo A crise do jornalismo musical do mesmo Brocanelli, publicado na Coluna Vertebral, seção do site da rádio Brasil 2000. A propósito, o site da Brasil 2000 está uma fonte bacana de notícias sobre música. Vale lembrar também que o Kid Vinil assumiu a direção artística da rádio há poucas semanas e fez São Paulo ter de novo uma emissora decente de pop/rock (toca até Dirtbombs). Vida longa à Brasil 2000 renascida das cinzas!

Também vale a pena ler o ponderado artigo Uma crítica para a crítica musical, de Ciro Hiruma, publicado no site Café Music.
Sempre quis fazer uma crítica musical, mas não sabia como? Ao escrever, você tem graves problemas narcisistas que tornam seus textos mais importantes do que o assunto sobre o qual você está falando? Seus problemas acabaram!!! Experimente o novíssimo...

Musical Criticator Tabajara!!!
CRÍTICA MUSICAL BRASILEIRA NÃO ENTENDE DE CULTURA ALTERNATIVA?

Comecei minha navegação pelo Google. Escrevi "crítica musical", queria ver se achava alguma reflexão interessante sobre o assunto. Achei esse moço aqui em seu site Adeus Anos Noventa dissertando sobre o tema e procurando responder à pergunta acima, formulada por ele próprio. Ele escreve bem. Tem opiniões fortes, algumas questionáveis, umas furadas, mas a maioria certeira. Vai bem, até mostrar um ódio profundo pelo Marilyn Manson, o que, independente da opinião, acaba virando "ruído" do texto. E daí pra frente o texto meio que desanda um pouco. Mas acho que vale a pena ler, apesar de ser mais um texto de seu site que tenta provar com seus artigos que os anos 90 foram uma quase completa merda, do que eu discordo veementemente. Hehe, falei bonito agora, hein?

setembro 13, 2003

EU GUARDO UMA PRECE PARA JOHNNY


setembro 12, 2003

E o Mettalica faz micagem... Travestidos de Led Zeppelin, hhahahahaha!


Pra quem não sabe, a notícia (já meio velhinha) é a mesma coisa que falar que os Beatles voltaram.

OS PIXIES ESTÃO DE VOLTA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

setembro 11, 2003

11 DE SETEMBRO

EUA: do ideal de liberdade ao enigma do liberal-imperialismo

A trajetória norte-americana é impressionante: de país vítima da maior potência colonial da época, a Inglaterra, faz uma revolução e torna-se a primeira democracia liberal do mundo. Mas como explicar os valores imperialistas que hoje regem a nação? O texto é de Emir Sader.

Emir Sader - 11/9/2003

Estivessem ou não de acordo com o modelo soviético, os socialistas, os marxistas e os esquerdistas em geral tiveram de explicar como a proposta libertária e de emancipação de Marx havia desembocado na URSS, com um regime autoritário e, finalmente, com seu fracasso e autodissolução. Tarefa não menos difícil recai sobre os liberais diante do que significam os Estados Unidos: a sociedade mais liberal do mundo e, ao mesmo tempo, a maior potência imperial da história.

Leia mais...

AMERIKKKA

Land Of The Few, Home Of The Grave II

Sordidamente irônico o fato de que, tanto em português, quanto em inglês, a palavra bravo significa também o "não civilizado".

Olha a etimologia de Bravo, conforme o Dicionário Houaiss:

lat.vulg. *brabus < lat. barbàrus < gr. bárbaros 'estrangeiro, não grego, bárbaro, grosseiro, não civilizado' e, por infl. italiana, acp. interjectiva 'viva! muito bem!'; lembre-se que, em vez de *brabus, há quem postule lat. pravus,a,um 'torto, mau, perverso' como orig. de bra(v/b)o (Serafim da Silva Neto, Hist. 205, n.6); ver brav-; f.hist. 1124 brauo, sXIII bravo, sXIV brabo
Land Of The Few, Home Of The Grave

O povo estadunidense é passível de muita compaixão. Erigiram uma potência e império mundiais sobre as insígnias do dito "Terra da Liberdade, Lar dos Bravos". Seguiram crentes de duas coisas:
1 - De que a iniciativa privada é sinônimo de liberdade, que as leis deveriam proteger todos os empreendimentos dos indivíduos, e que, a partir dessa idéia, estavam construindo a "Terra da Liberdade" para para todos (os considerados cidadãos) que lá vivessem;
2 - De que estavam certos. Tão certos que seu bravo povo empreendedor não precisava tomar conhecimento das demais culturas e povos. Muito pelo contrário: deviam levar com bravura (leia-se violência) sua "certeza" aos povos inferiores, ignorantes de sua "certeza", de hábitos tão pitorescos e portanto indignos. Se não desse certo a empreitada de dissuadir, via colonização cultural, os povos pitoresco de suas culturas "indignas", que impere pelo extermínio a "certeza" da autodenominada América.

Bem, no fim das contas, a idéia número 1 deu muito certo. Tão certo que o poder do indivíduo ultrapassou o do coletivo. Quanto mais dinheiro os self made men tiverem, mais liberdade... Assim os governos puderam ser comprados por quem pagasse mais alto, até que o leviatan ganhou vida própria, tornou-se um tipo de máfia, uma superestrutura de manutenção do poder dos mais ricos via crime, violência.

Com isso, nem o mais "americano" dos "americanos" agora tem paz, direito de ir e vir, de opinar e coisa e tal. Hitler foi pinto perto do poder de matança e dominação que atribuiu-se George W. Bush... A diferença é que Hitler era um louco com uma paranóia de limpeza étnica. Bush está nessa pela grana, porque ele sabe que os republicanos burros, os Stupid White Men de Michael Moore, podem não estar a fim de votar nele pra sempre. Bem, talvez ele também queira que sua máquina "lave mais branco"... Mas creio que não é esse o foco...

Os Direitos Civis na Amerikkka foram de vez pro saco. Tenho pena (às vezes raiva) de nossos compatriotas brazucas que sonham na Amerikkka como uma cornucópia para seus problemas individuais... São Joãos e Marias entrando na casa de doces da bruxa, para serem devorados. Infelizmente, para esses, não há rastro de feijõezinhos, nem herói salvador no final. A bruxa está solta e a temporada de caça a João e Maria está aberta...

setembro 10, 2003

De que há luz no fim do túnel, eu nunca tive dúvida. Mas putz, como é que eu não conheci isso aqui abaixo antes. Se há um caminho para essa luz, esse caminho passa pelo...

Código da Modernidade
Bernardo Toro


[Os Códigos da Modernidade são, segundo o educador colombiano Bernardo Toro, as capacidades e competências mínimas para a participação produtiva no século XXI.]


1. Domínio da leitura e da escrita

"Para se viver e trabalhar na sociedade altamente urbanizada e tecnificada do século XXI será necessário um domínio cada vez maior da leitura e da escrita. As crianças e adolescentes terão de saber comunicar-se usando palavras, números e imagens.

"Por isso, os melhores professores, as melhores salas de aula e os melhores recursos técnicos devem ser destinados às primeiras séries do ensino fundamental. Saber ler e escrever já não é um simples problema de alfabetização, é um autêntico problema de sobrevivência.

"Todas as crianças devem aprender a ler e a escrever com desenvoltura nas primeiras séries do ensino fundamental, para poderem participar ativa e produtivamente da vida social.

2. Capacidade de fazer cálculos e de resolver problemas

"Na vida diária e no trabalho é fundamental saber calcular e resolver problemas.

"Calcular é fazer contas. Resolver problemas é tomar decisões fundamentadas em todos os domínios da existência humana.

"Na vida social é necessário dar solução positiva aos problemas e às crises. Uma solução é positiva quando produz o bem de todos.

"Na sala de aula, no pátio, na direção da escola é possível aprender a viver democraticamente e positivamente, solucionando as dificuldades de modo construtivo e respeitando os direitos humanos.

3. Capacidade de analisar, sintetizar e interpretar dados, fatos e situações

"Na sociedade moderna é fundamental a capacidade de descrever, analisar e comparar, para que a pessoa possa expor o próprio pensamento oralmente ou por escrito.

"Não é possível participar ativamente da vida da sociedade global, se não somos capazes de manejar símbolos, signos, dados, códigos e outras formas de expressão lingüística.

"Para serem produtivos na escola, no trabalho e na vida com um todos, os alunos deverão aprender a expressar-se com precisão por escrito.

4. Capacidade de compreender e atuar em seu entorno social

"A construção de uma sociedade democrática e produtiva requer que as criança e jovens recebam informações e formação que lhes permitam atuar como cidadãos. Exercer a cidadania significa:

"Ser uma pessoa capaz de converter problemas em oportunidades.

"Ser capaz de organizar-se para defender seus interesses e solucionar problemas, através do diálogo e da negociação respeitando as regras, leis e normas estabelecidas.

"Criar unidade de propósitos partir da diversidade e da diferença, sem jamais confundir unidade com uniformidade.

"Atuar para fazer do Brasil um estado social de direito, isto é, trabalhar para fazer possíveis, para todos, os direitos humanos.

5. Receber criticamente os meios de comunicação

"Um receptor crítico dos meios de comunicação (cinema, televisão, rádios, jornais, revistas) é alguém que não se deixa manipular como pessoa, como consumidor, como cidadão.

"Aprender a entender os meios de comunicação nos permite usá-los para nos comunicarmos à distância, para obtermos educação básica e profissional, articularmo-nos em nível planetário e para conhecermos outros modelos de convivência e produtividade.

"Os meios de comunicação não são passatempos. Eles produzem e reproduzem novos saberes, éticas e estilos de vida. Ignorá-los é viver de costas para o espírito do tempo em que nos foi dado viver.

"Todas as crianças adolescentes e educadores devem aprender a interagir com as diversas linguagens expressivas dos meios de comunicação para que possam criar formas novas de pensar, sentir e atuar no convívio democrático.

6. Capacidade para localizar, acessar e usar melhor a informação acumulada

"Num futuro bem próximo, será possível ingressar no mercado de trabalho sem saber localizar dados, pessoas, experiências e, principalmente, sem saber como usar essa informação para resolver problemas. Será necessário consultar rotineiramente bibliotecas, hemerotecas, videotecas, centros de informação e documentação, museus, publicações especializadas e redes eletrônicas.

"Descrever, sistematizar e difundir conhecimentos será fundamental.

"Todas as crianças e adolescentes devem, portanto, aprender a manejar a informação.

7. Capacidade de planejar, trabalhar e decidir em grupo

"Saber associar-se, saber trabalhar e produzir em equipe, saber coordenar, são saberes estratégicos para a produtividade e fundamentais para a democracia.

"A capacidade de trabalhar, planejar e decidir em grupo se forma cotidianamente através de um modelo de ensino-aprendizagem autônomo e cooperativo (Educação Personalizada em Grupo).

"Por esse método, a criança aprende a organizar grupos de trabalho, negociar com seus colegas para selecionar metas de aprendizagem, selecionar estratégias e métodos para alcançá-las, obter informações necessárias para solucionar problemas, definir níveis de desempenho desejados e expor e defender seus trabalhos.

"Na Educação Personalizada em Grupo, com apoio de roteiros de estudo tecnicamente elaborados a capacidade de decidir, planejar e trabalhar em grupo vai se formando à medida em que se permite à criança e ao adolescente ir construindo o conhecimento.

"Nestas pedagogias auto-ativas e cooperativas, o professor é um orientador e um motivador para a aprendizagem.

Texto reproduzido do pôster Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho e da Fundacion Social
Autor: José Bernardo Toro - 1997 - Colombia
Tradução e adaptação: Antônio Carlos Gomes da Costa
Enquanto isso, no ICQ Vini Furdunzzo e Lucas Fuzztoner proseiam...

Lone Guitar Wolf (11:50 PM) :
ok. cara ouvi aquele King of Leon... É legal, mas só deixa mais evidente como estão cada vez mais patéticos a "cena" novo-rock-que-salvará-sua-vida-pelo-menos-nessa-semana e os críticos imbecis como o Néscio Ribeiro...
Lone Guitar Wolf (11:51 PM) :
é uma típica banda que clone de Strokes com pequenas variações...
Lone Guitar Wolf (11:51 PM) :
é legal, mas não levanta o pau, hehehe
Johnny Yen (11:52 PM) :
coincidência, hoje eu também deixei o ranço de lado e baixei o kings of leon! heh

ainda não ouvi tudo, mas achei mais ou menos a mesma coisa que vc até agora. realmente é legalzinho, mas parece o strokes com em que mais "caipira". pitadas de neil young aqui, um pouco de meat puppets ali...
Lone Guitar Wolf (11:57 PM) :
é. e só. não merece a ênfase que o cara deu pra isso... Fico me perguntando qualé a desse cara, se ele leva um jabá, não sei. Não consigo compreeder como coisas tão insossas ganham tanto espaço com esse tipo de jornalista oba-oba...
Lone Guitar Wolf (11:59 PM) :
enquanto isso coisas geniais e novas são simplesmente ignoradas ou mera e superficialmente mencionadas... tipo, "ah, essa bandinha aqui não é como o Strokes, mais é digna de nota"...
Lone Guitar Wolf (11:59 PM) :
Isso vale para Bellrays, Dirtbombs e Holly Golightly, por exemplo...
Johnny Yen (11:59 PM) : é o que o álvaro pereira jr escreveu na coluna dele da - seu eu não me engano - semana passada. não dá pra entender mesmo. é, no mínimo, coisa de gente mal informada...
Lone Guitar Wolf (11:59 PM) :
o que a criatura escreveu?
Johnny Yen (0:00 AM) :
isso é outra coisa que eu tirei meu chapéu pro álvaro, ele escreveu que o bellrays é atualmente "a melhor banda do mundo"
Lone Guitar Wolf (0:01 AM) :
é o que eu sempre falo... esses caras não fazem jornalismo cultural. Fazem jornalismo de produto, lançamentos. Se sabonetes tocassem música, eles estariam escrevendo sobre o novo sabonete da semana, hehe.
Johnny Yen (0:01 AM) :
ele desceu a lenha nessa falação em cima do kings of leon!
Johnny Yen (0:01 AM) :
é, eles não fazem nada mais do que uma lista de indicações de coisas que nem eles próprios gostam! hehe
Lone Guitar Wolf (0:01 AM) :
cara, talvez a idade tenha pesado e o cara resolveu que está na hora de falar algo coerente na coluna dele, hehe.
Johnny Yen (0:02 AM) :
aliás, leia o texto do álvaro sobre o show do coldplay. é bem bom! haha
Johnny Yen (0:03 AM) :
acho que sim, viu! tava reparando nisso ontem, tou concordando muito com o que ele escreve ultimamente, isso não era comum... haha
Lone Guitar Wolf (0:03 AM) :
(sobre as "indicações que nem eles próprios gostam") eles gostam, sim, por que é novidade. não precisa ter alma, ser criativo, ter uma pegada ganchuda ou sei lá mais o que... basta ser novidade e ter sido matéria da NME...

setembro 09, 2003

setembro 03, 2003

Olha Mau,

Realmente a Preta Gil chegou no melhor estilo sucesso fabricado: nudez e discurso formatado pra chamar a atenção. Não ouvi o som e provavelmente vou continuar mais feliz se me ocupar apenas com as coisas feitas nos anos 60/70 da geração da Tropicalha. Além disso, estamos todos escaldadíssimos com os "filhos", vide a geração Trama que fez a música mais pau mole que o Brasil já ouviu e, pra foder mais, tem como uma das principais referências o mané do Claudio Zoli.

Mas que a Preta Gil é gostosa isso é. Azar dos trouxas lobotomizados por editoriais de moda que não curtem uma mulher gordinha. Afinal, quem gosta de osso é cachorro. Bem, isso também não é motivo pra não rir pacas com o feladaputa do Kibe Loco:


Ufa! Precisava abaixar a tensão e achei um saco de pancadas dos bons. Não que isso faça a mínima diferença, mas é legal depositar um pouco de tranqueiragem numa brecha da grande imprensa classe mérdia. Vejam esta resenha cínica (no mau sentido) da Revista Bravo e depois dêem um bico no comentário 37, escrito por eu mes:

O direito a uma alma

No cinema brasileiro, o homem, expropriado de suas
complexidades, está condenado à condição de “ser social”

Por Reinaldo Azevedo


E não percam o comentário 36, o melhor naquele mar de obviedades.
BUDA E O NOTICIÁRIO...


A home page da Folha Online ontem dava a seguinte notícia:
Pensamento negativo faz mal à saúde, dizem cientistas

...imediatamente abaixo vinha outro link dizendo o seguinte:
Asteróide está a caminho da Terra e pode bater em 2014

Convenhamos, assim fica difícil, né... Haja budismo para aguentar os dias...